Todos ou todas, qual a diferença?
Patrick Mariano
Maria foi mãe do Jesus, que na época ainda não era "o cara". Além de mãe daquele que na época não era "o cara", Maria era virgem, santa e pura. O filho foi processado, julgado e sem direito a defesa, condenado à morte. Pobre coitado, com certeza era pobre e preto, ou apenas bem pobre. Pobre e preto ou apenas bem pobre, só tem advogado quando há defensoria e, na época em que ele ainda não era "o cara", não tinha. E Maria sofreu, chorou e ficou aos seus pés, na ponta de baixo da cruz.
Tal história de injustiça e sofrimento ressalta hoje, o papel do Filho e também, é claro, o da mãe. O modelo de mãe. O julgamento mais famoso da história ocidental, foi mal interpretado e, sobrou pra alguém a conta dessa mal interpretação: a Mãe.
A Mãe tem que ser como Maria, pura, virgem, santa.
Ela não pode ter falhas, já o homem pode, porque ele foi o sacrificado. Mesmo que, aos 47 do segundo tempo tenha se revoltado contra o Pai, que nem ali tava.
E assim, tudo se construiu no ocidente. Ontem, 2010 anos depois dessa história, o Datena ressaltava que a Mãe do filho do Bruno quis ter relações com ele por interesse, pela mesada, pela pensão, como se isso fosse o central, esquecendo-se que ela quem, possivelmente, foi a sacrificada.
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