quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

MACHO DA VEZ - espaço para outros olhares, complementos ou até revanchismos por parte deles


Amor (de) comunista

Tá bom. Já te procurei nos lugares mais esquisitos que você possa imaginar. Numa lata de palmito, debaixo de todas as cobertas da casa, entre as bolsas vazias penduradas na parede. Agora sei que acabou. Mas se tudo se resumisse a acabar e pronto, a vida seria tão simples como a História contada pelos livros mal escritos. O acabar sempre gera a desconfiança, a esperança, a desliusão, o medo, e horas e horas pensando sozinho em qualquer boteco que apareça pela frente. Parece que o casamento é que nem o comunismo. Quase ninguém acredita mais. É, meu bem… só que o muro caiu, o partido escafedeu-se, a União Soviética inteirinha desabou. O Allende morreu, a China mudou de lado. Só a nossa querida Havana continua em pé, com todos seus defeitos e qualidades. Cuba é um casal de velhinhos numa música de Pablo Milanes. Parece impossível até, imaginar que um dia, consigamos construir um mundo mais justo e solidário, aquilo que Marx queria. Talvez um dia consigamos construir um casam… digo comunismo sem aqueles defeitos que se chamaram Stalin ou Chauchescu. Sei que a revolução é difícil. Coisa de loucos. Quase todo mundo vai dizer: é impossível! Mas em matéria de amor, me orgulho de ser um velho comunista.


a imagem é daqui

Um comentário:

  1. é difícil para uma mulher dada admitir, mas, caro macho da vez, você arrasou."repiei"
    Felicidades

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